quinta-feira, 18 de junho de 2009

Sindicato repudia decisão do STF

Site Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais
18/6/2009diploma

Sindicato repudia decisão do STF

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais vem a público repudiar a infeliz e demagógica decisão da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em reunião no dia 17 de junho, votou pelo fim da obrigatoriedade da formação superior para o exercício da profissão de jornalista. Entendemos que a medida representa uma ameaça à democracia e um profundo retrocesso não só para a categoria, mas principalmente para a sociedade, na medida em que, com a decisão, não existe agora nenhum requisito para o exercício da atividade de jornalista, comprometendo, portanto, a qualidade da informação.
Diante disso, o Sindicato aguarda a publicação oficial do acórdão do STF para avaliar as reais consequências da autoritária decisão. Sendo assim, nossa entidade continua seguindo suas atuais premissas na defesa de um jornalismo ético, de qualidade e comprometido com o direito à informação da sociedade. O Sindicato dos Jornalistas tem a certeza de que as empresas sérias e responsáveis continuarão abrigando em seus quadros os profissionais com formação superior em Jornalismo, para manter o compromisso com seu público de divulgar informações qualificadas.
A partir desse momento de profunda fragilização da categoria, o Sindicato mantém abertas as suas portas e convoca os jornalistas profissionais a se organizarem ainda mais na defesa pública de sua profissão, tendo em vista a urgente e necessária aprovação de um Projeto de Lei no Congresso Nacional que regulamente em definitivo a profissão de jornalista.

ABSURDO - STF derruba diploma de jornalismo

Portal Uai - ESTADO DE MINAS
18/06/2009

FIM DA EXIGÊNCIA
STF derruba diploma de jornalismo
Ministros do Supremo Tribunal Federal decidem, por oito votos a um, que não é obrigatório ter curso superior para o exercício da profissão
Mirella D'Elia

Nove ministros participaram da votação de ontem no Supremo
Brasília – Menos de dois meses depois de revogar a Lei de Imprensa, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a exigência do diploma de jornalismo para trabalhar. Por 8 votos a 1, o tribunal decidiu ontem que o decreto-lei de 1969, que estabelece as regras para o exercício da profissão, afronta a Constituição Federal. Assim como a Lei de Imprensa, o decreto havia sido aprovado durante a ditadura militar. A maioria dos ministros entendeu que nenhuma lei pode estabelecer normas que coloquem em risco a liberdade de expressão. E que, portanto, não se pode exigir o diploma como pré-requisito para trabalhar como jornalista. O Supremo aceitou recurso proposto pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo e pelo Ministério Público Federal, que contestavam a exigência do diploma – já suspensa por liminar concedida pela Corte em 2006. “O jornalismo e a liberdade de expressão são atividades imbricadas por natureza e não podem ser tratadas de forma separada”, disse o presidente do STF, Gilmar Mendes, relator do processo. “Nada é mais perigoso do que regular a liberdade de expressão ou impor restrições a ela, mesmo de forma indireta”, observou Celso de Mello. Dos 9 ministros presentes, apenas Marco Aurélio Mello votou de forma contrária. “O jornalista deve ter formação básica”, disse. A decisão não acaba com os cursos de jornalismo, mas, a partir de agora, caberá às empresas estabelecer critérios para a contratação de profissionais. Os ministros também ressaltaram que o jornalismo não exige conhecimentos técnicos e científicos, como no caso de engenheiros e médicos. “Se o engenheiro errar no cálculo, o prédio cai. Se o médico errar a dose do remédio, pode causar morte do paciente. A atividade do jornalista também pode causar prejuízo, mas não tão direto como essas profissões que exigem conhecimento especializado”, disse Lewandowski. COMPARAÇÃO Durante o julgamento, a profissão chegou a ser comparada a atividades como as de chef de cozinha, o que irritou representantes da categoria contrários à decisão. “A comparação é absurda. Essa área exige princípios éticos arraigados”, declarou Romário Schetino, presidente do Sindicato dos Jornalistas do DF. “A sociedade exige profissionais especializados. Lamento que o Supremo tenha andado na contramão”, declarou o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Sérgio Murillo de Andrade. Para a Associação Nacional dos Jornais (ANJ), na prática, nada muda. “A decisão consagra no direito o que já acontecia. A ANJ apoia cursos de jornalismo, mas o que se discutia aqui é o diploma como pré-requisito”, afirmou o diretor do comitê de relações governamentais da entidade, Paulo Tonet.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Literatura - Que livro é você?

Faça o teste

http://educarparacrescer.abril.com.br/leitura/testes/livro-nacional.shtml

Se você fosse um livro nacional, qual livro seria? Um best-seller ultrapopular ou um relato intimista? Faça o teste e descubra.

Resultado
Você é... "Carmen – Uma biografia", de Ruy Castro
Boa história é com você mesmo. Adora ouvir, contar, recontar. As de pessoas interessantes e revolucionárias são as suas preferidas. Tem gente que liga para você só para saber das últimas fofocas. E confesse: com seu jeitinho manso e detalhista, você dá aos fatos um sabor todo especial. Além disso, não se contenta em reproduzir o que já foi dito. Por isso, se fosse um livro, você só poderia ser uma boa biografia, daquelas que faz os leitores deitarem na rede do fim de semana e se entregarem às peripécias de uma grande personagem. Aliás, você já pensou na profissão de repórter? Ou de escritor? "Carmen – Uma Biografia" (2005), sobre Carmen Miranda, é uma das aclamadas biografias publicadas por Ruy Castro, também jornalista e tradutor, considerado um dos maiores biógrafos brasileiros.

"Memórias póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis
Ok, você não é exatamente uma pessoa fácil e otimista, mas muita gente te adora. É possível, aliás, que você marque a história de sua família, de seu bairro... Quem sabe até de sua cidade? Afinal, você consegue ser inteligente e perspicaz, mas nem por isso virar as costas para a popularidade - um talento raro. Claro que esse cinismo ácido que você teima em destilar afasta alguns, e os mais jovens nem sempre conseguem entendê-lo. Mas nada que seu carisma natural e dinamismo não compensem."Memórias póstumas de Brás Cubas" (1881) é considerado o divisor de águas entre os movimentos Romântico e Realista. Uma das expressões da genialidade de Machado de Assis (e de sua refinada ironia), há décadas tem sido leitura obrigatória na maior parte das escolas e costuma agradar aos alunos adolescentes. Já inspirou filme e peças de teatro. É, portanto, um caso de clássico capaz de conquistar leitores variados. Proezas de Machado.

"Os donos do futuro", de Roberto Shinyashiki
Vencer: é isto que você quer da vida. Ganhar dinheiro suficiente para construir um bom patrimônio, formar uma família harmoniosa e feliz, criar filhos igualmente campeões. Alguém prático como você nem combinaria com um livro de ficção ou com as questões universais que podem ser levantadas pela boa literatura. Entusiasta de self-made people e admirador do estilo de vida norte-americano, você não tem medo de trabalho e procura traçar metas para alcançar seus objetivos. Quando dá, procura ensinar outras pessoas a fazer o mesmo, como faz Shinyashiki nas nove lições de "Os donos do futuro" (2000) que aponta as principais características de líderes competentes.